O que é o xintoísmo? Pode ele ser considerado uma religião, ou ainda, o pensamento religioso nativo do Japão? Quais são suas principais práticas e onde elas são feitas? Quais são as perspectivas contemporâneas sobre um xintoísmo alinhado com as pautas ambientais atuais? Essas são algumas das principais questões a serem abordadas neste curso inédito do site Japanologia que se inicia em março de 2023.
10/03, 17/03, 24/03 e 31/03, sextas-feiras, das 20h às 22h
Sobre o curso
Shinto (神道, Xintoísmo em Português) ou Kami-no-michi significa “Caminho dos Deuses”. É uma tradução empobrecedora pois pode provocar a confusão com as divindades ocidentais. Kami não se refere a uma força superior que criou tudo e todos. Tampouco são antropomorfizações de aspectos, qualidades, virtudes e vícios humanos como presentes em muitas mitologias. O xintoísmo fala sobre entidades da natureza que não estão necessariamente preocupadas com a mundana vida humana.
Uma busca descompromissada na Wikipédia revela distorções inquietantes. Estimativas apontam que mais de 70% da população japonesa pode ser considerada como xintoísta, num país cujas fronteiras entre xintoísmo e budismo são historicamente borradas. Outras fontes apontam o xintoísmo como “a religião nativa do Japão”. Ambas as informações são contestadas por pesquisadores japoneses e não-japoneses. Os trabalhos clássicos de Toshio Kuroda, incluindo as leituras de Mark Teewen e John Bremen apontam sobre a dúvida até mesmo de se perceber o xintoísmo como religião.
Por conta de sua devoção à Natureza o xintoísmo readquire novas cores no mundo contemporâneo. Num planeta assolado por crises ambientais, aquecimento global, desmatamentos de florestas importantes (como a Amazônica) e outras catástrofes, os seres humanos são confrontados com decisões difíceis e urgentes para garantir a própria sobrevivência. O que podemos aprender com o xintoísmo para lidar melhor com nosso mundo? Essa é apenas uma entre várias questões que os adeptos do xintoísmo contemporâneo tentam resolver e oferecer respostas.
O que é o xintoísmo? Pode ele ser considerado uma religião, ou ainda, o pensamento religioso nativo do Japão? Quais são suas principais práticas e onde elas são feitas? Quais são as perspectivas contemporâneas sobre um xintoísmo alinhado com as pautas ambientais atuais? Essas são algumas das principais questões a serem abordadas neste curso inédito do site Japanologia que se inicia em março de 2023.
Desde 2020 que o site Japanologia oferece cursos introdutórios e avançados sobre religiões japonesas e outros temas sobre a sociedade japonesa. Nesta edição especial de Entendendo o Xintoísmo (2023) teremos abordagem e bibliografia inédita.
| Aula 1 – Definindo o xintoísmo
| Aula 2 – Xintoísmo no Japão Antigo
| Aula 3 – As construções do xintoísmo no Japão medieval (1185-1599), moderno (1600-1868) e no Período Meiji (1868-1912)
| Aula 4 – Xintoísmo, natureza e ideologia no Japão contemporâneo
Quando: 10/03, 17/03, 24/03 e 31/03, sextas-feiras, das 20h às 22h
Onde: Plataforma Zoom (curso on-line; dinâmica ao vivo e aulas gravadas)
INFORMAÇÕES IMPORTANTES
As aulas também ficarão disponíveis off-line para que os alunos inscritos possam acessar o conteúdo posteriormente, além de material complementar.
DURAÇÃO E FORMATO
2 aulas de 2 horas cada (com intervalo e momento de discussão), ministradas ao vivo no aplicativo Zoom.
PARA QUEM ESTE CURSO É VOLTADO
Este curso é voltado a todos os interessados nas temáticas referentes ao Japão e cultura japonesa, independentemente da sua escolaridade. Como característica dos Estudos Japoneses, este curso recorre a leituras de várias áreas do conhecimento, podendo ser interessante para todos aqueles que se interessem em Ciências Humanas, em especial Antropologia Social, História, Psicologia e Sociologia.
Facilitador
Prof. Dr. Victor Hugo Kebbe – Doutor em Antropologia Social pela UFSCar; ex-fellow de Japanese Studies/Intellectual Exchange da Japan Foundation (Tokyo, Japão); atuou como pesquisador associado da Faculdade de Educação da Shizuoka University (Shizuoka, Japão), como pesquisador associado do Nanzan Anthropological Institute e do Nanzan Institute for Religion and Culture (Nagoya, Japão); Pós- Doutor pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, UFSCar e Nanzan University. Editor do japanologia.com.