Diante do sucesso da edição anterior do curso Onarigami (2022), ele retorna à grade do site Japanologia em duas partes e atualizado, se debruçando sobre a atuação e papel das Kaminchu, Noro e Yuta, sua relação com a cosmologia ryukyuana e as práticas cotidianas em Okinawa. Dentro de uma perspectiva estritamente antropológica, este curso se baseia na discussão e estudo de etnografias consagradas sobre o xamanismo okinawano, sua história, suas transformações e ressignificações ao longo dos anos.
9/5, 16/5, 23/5 e 30/5, terças, das 20h às 22h.
SOBRE O CURSO
Okinawa não é apenas reconhecida por sua história e cultura ímpar, mas também pela centralidade feminina nos assuntos mundanos e, especialmente, extramundanos. Como percebe a antropóloga Susan Sered, Okinawa é a única sociedade contemporânea cujo pensamento religioso dominante é mantido e centrado nas mulheres. Sacerdotisas, Kaminchu, Noro e Yuta são alguns dos nomes conhecidos e que já estão presentes no mito de origem ryukyuano.
Embora várias destas práticas religiosas tenham sido temporariamente suprimidas no fim do século XIX, elas retornam nos dias de hoje cruzando o tempo e espaço. Para além do revival destas práticas no arquipélago, o mesmo pode ser percebido em outros países que não o Japão e que possuem uma comunidade expressiva de descendentes de Okinawa.
Diante do sucesso da edição anterior do curso Onarigami (2022), ele retorna à grade do site Japanologia em duas partes e atualizado, se debruçando sobre a atuação e papel das Kaminchu, Noro e Yuta, sua relação com a cosmologia ryukyuana e as práticas cotidianas em Okinawa. Dentro de uma perspectiva estritamente antropológica, este curso se baseia na discussão e estudo de etnografias consagradas sobre o xamanismo okinawano, sua história, suas transformações e ressignificações ao longo dos anos.
| Aula 1 – Religião, Gênero e Estudos Okinawanos
| Aula 2 – Onarigami: as Mulheres Sagradas de Okinawa
| Aula 3 – Kaminchu, Noro, Yuta e a cura em Okinawa
| Aula 4 – Espaços Sagrados (Utaki), Autoridade Religiosa e Turismo
Quando: 9/5, 16/5, 23/5 e 30/5, terças, das 20h às 22h.
Onde: Plataforma Zoom (curso on-line; dinâmica ao vivo e aulas gravadas).
INFORMAÇÕES IMPORTANTES
As aulas também ficarão disponíveis off-line para que os alunos inscritos possam acessar o conteúdo posteriormente. Caso seja necessário rearranjar os horários das aulas, isso poderá ser feito de acordo com as necessidades dos participantes.
Não é preciso ter feito os outros cursos livres do site Japanologia para acompanhar este curso.
DURAÇÃO E FORMATO
4 aulas de 2 horas cada (com intervalo e momento de discussão), ministradas ao vivo no aplicativo Zoom.
PARA QUEM ESTE CURSO É VOLTADO?
Os cursos do site Japanologia são abertos a todos os membros da comunidade, independentemente da sua escolaridade. Assim como característica dos Estudos Japoneses e Estudos Ryukyuanos, este curso recorre a leituras de várias áreas do conhecimento, sendo útil para todos aqueles que se interessem em Ciências Humanas, em especial Antropologia Social, História, Psicologia e Sociologia. Em tempos de pandemia, este curso será ministrado on-line.
Facilitador
Prof. Dr. Victor Hugo Kebbe – Doutor em Antropologia Social pela UFSCar; ex-fellow de Japanese Studies/Intellectual Exchange da Japan Foundation (Tokyo, Japão); atuou como pesquisador associado da Faculdade de Educação da Shizuoka University (Shizuoka, Japão), como pesquisador associado do Nanzan Anthropological Institute e do Nanzan Institute for Religion and Culture (Nagoya, Japão); Pós- Doutor pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, UFSCar e Nanzan University. Editor do japanologia.com.
Depoimentos
Os cursos são muito ricos pra quem tem interesse em entender melhor a cultura japonesa em seus aspectos históricos, artísticos, culturais, filosóficos e religiosos. Além disso, sempre há indicações de materiais (livros, filmes, etc.) para aprofundamento. – Mayara
Aprendi muito sobre a cultura do Japão, principalmente dos nossos ancestrais. Tive a oportunidade de conhecer sobre os hábitos, a arte, a estética, a filosofia, a religião… Outro ponto positivo do curso é que o Prof. Victor Hugo sempre nos dá boas dicas sobre livros, filmes, lugares a conhecer… Portanto, gostaria de continuar, pois sinto-me motivada a pesquisar e a questionar cada vez mais sobre minhas origens. – Tereza
O que os cursos que o professor Victor Hugo Kebbe ministra na ACENB São Carlos têm de mais singulares são o total alcance nos mais diversos públicos que participam de suas aulas através de uma didática clara e o uso muito apropriado das referências culturais (livros, filmes, animes, mangás) e pessoais através de suas experiências in loco no Japão. Não há aqui o ranço acadêmico que tanto assusta leigos e nem tão pouco a superficialidade que afasta os mais familiarizados com o assunto. Para os jovens ocorre a descoberta, para os adultos a redescoberta de signos e significados que fazem ou fizeram parte de suas vivências, mas não tinham sido explorados ao ponto de serem identificados e apreciados. Ao final todos descobrem um outro eu pelo olhar cultural, histórico e social do Japão. – Renato
Os cursos de cultura japonesa abordam diversos temas que estão diretamente relacionados à minha construção como indivíduo. Assuntos como identidade dos nipo-brasileiros, preconceito racial e história e cultura dos imigrantes japoneses e do Japão são constantemente discutidos durante as aulas. O embasamento teórico bem fundamentado do professor faz com que as aulas sejam extremamente interessantes e compatíveis com a minha própria história, gera diversos momentos de autorreflexão e tem sido relevante também para pensar na minha trajetória acadêmica. Recomendo o curso para toda comunidade nikkei, que muito faz para a manutenção e disseminação da cultura japonesa, mas que não discute com tanta frequência o que é ser um nikkei no Brasil e os preconceitos que nós mesmos reforçamos ou que não tem muita proximidade com o que a comunidade científica vem estudando em relação a nós. Também é uma boa oportunidade para quem tem interesse em compreender melhor a cultura japonesa de uma perspectiva diferente do que geralmente o senso comum e a mídia traz sobre o que o Japão, ser japonês, nipo-brasileiro ou algum aspecto relacionado a esse tema. – Eri