A primeira vez que fui ao Japão a trabalho eu não dava muita conta para as religiões japonesas. Sei que é um mea culpa que estou fazendo aqui, mas estava tão elétrico com a possibilidade de fazer uma longa pesquisa de campo lá que acabei deixando de lado todos os imaginários e estereótipos que marcam o Japão. Naquele momento, fui para a Terra do Sol Nascente tentando me desvencilhar dos samurais, das gueixas e tudo mais, tentando enxergar um Japão contemporâneo.
Demorei mais de um mês para conseguir visitar o meu primeiro templo no Japão, no caso, o Daihonzan Hokoji Hansobo, do qual já comentei aqui em um post anterior. A experiência foi marcante ao ponto de, assim que passei pelo pórtico de entrada do templo, perdi a voz. Daquele dia em diante, passei a estudar com mais afinco as religiões japonesas e, bem, vocês sabem da minha trajetória acadêmica hoje.
Gostaria de convidá-los para ler uma breve reflexão minha sobre as religiões japonesas e a própria ideia de peregrinação no Japão, algo tão enraizado historicamente que hoje faz parte de algumas datas específicas do cotidiano japonês. O pequeno artigo contém um ensaio fotográfico, publicado especialmente para a Revista de Antropologia da UFSCar. Aguardo de vocês alguns comentários sobre a leitura, tanto aqui neste post como nas redes sociais da Japanologia.
Victor Hugo Kebbe
Leia agora:
Peregrinação e Liminaridade (Revista de Antropologia da UFSCar)
Uma viagem espiritual (impressões do Daihonzan Hokoji Hansobo)
